quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Stop The Bonde



O Bonde não rolou como eu esperava e acabei por viver um momento histórico na minha vida ao assistir a um dos piores concertos de que tenho memória. Aquilo que me foi dado ver em palco nem um péssimo grupo de amadores seria capaz de igualar. A atitude punk estava lá, mas era como se fosse uma espécie de punk articial e imitado por adultos com a idade mental de crianças de 5 anos, e pior ainda vivido de um modo seguro, sem o risco de qualquer perigo eminente, tudo demasiado encenado e repetitivo desde os pulos aos gestos; natural só talvez os irritantes guinchos estridentes por parte do DJ de serviço que se deveria ter mantido em silêncio por detrás da mesa de mistura. O que no disco de estúdio soa a várias influências carnudas do funk brasileiro, e não só, ao vivo transforma-se numa amálgama indiscernível que faz soar tudo ao mesmo. E nada, absolutamente nada, sobrevive do cd “Bonde do Role with Lasers” o que nos leva a pensar que muito do som deles, talvez não seja bem deles, mas de uma equipa de produção que em estúdio tem talento suficiente para disfarçar o indisfarçável. Concerto para esquecer ou para relembrar quando a vida nos corre mal e ajuda pensar em coisas piores que nos podiam estar a acontecer.

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