sábado, 15 de dezembro de 2007

To Hirst or not to Hirst



Sempre fui um pouco céptico em relação à Arte contemporânea, pode-se argumentar que por ignorância, mas esse é o argumento dos fracos de espírito porque a verdadeira arte também deve tocar os "ignorantes". Da nova, agora já menos nova, geração de artistas britânicos que surgiram na década de 90 poucos me impressionaram e de entre eles eu incluía o Damien Hirst até ao dia em que tive o privilégio de ir ver uma exposição dele na galeria White Cube. Percebi então o verdadeiro poder evocativo e misterioso que a Arte possui, percebi pela primeira vez de uma forma inequívoca, e para além das salas de museu, a verdadeira importância dessa forma de expressão. Essa exposição fez-me sentir como os meus antepassados se devem ter sentido ao olhar para as pinturas rupestres nas paredes das cavernas, deslumbramento, medo, alegria, êxtase, percepção quase absoluta do momento em se vive e da nossa perenidade. Não sei o que os outros, que também estavam na exposição, sentiram só sei que aquilo que me foi dado partilhar representou para mim um momento tão único como aquele que para os místicos será a revelação de um ente superior.

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