sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

His Dark Materials


Antes de ser um filme em três partes, já foi um livro também dividido em três (estas analogias cristãs serão freudianas?), mas eu só entrei no mundo de Lyra através de uma peça de teatro dividida em duas partes e cuja apresentação durou seis horas. Foi no National Theatre numa adaptação feita por Nicholas Wright e há-de ficar para sempre como um dos mais poderosos momentos teatrais que vivi.
Os romances fantásticos de Philip Pullman surgem como uma espécie de resposta aos de C.S. Lewis (As Crónicas de Nárnia) que o ano passado estrearam no cinema por volta desta altura, sem gerar controvérsia, claro. Ao que parece os católicos, ou religiosos fundamentalistas americanos, estão muito preocupados com a estreia deste novo filme essencialmente porque é um filme "ateu" que promove o conhecimento e pensamento e mais grave, para alguns, a liberdade desse mesmo pensamento em detrimento do obscurantismo e e o amor canino promovido pelas religiões em geral, e a cristã em particular.
A ver por todas as criancinhas, por aquelas que ainda o são e as outras que não deixaram de ser.

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