quarta-feira, 25 de junho de 2008

The House Of Yesterday's Tomorrow


Sobre paixões antigas não é fácil falar porque parece que já foi tudo dito e que no entanto ficou ainda tanto por dizer. Claro que se nos referimos a uma pessoa pode ser complicado rever o passado sem que haja o risco de mal entendidos mas tratando-se de um grupo musical esse risco é diminuto porque nos fixamos em algo que é imutável, que fica sob a forma de disco na nossa prateleira e ao qual regressamos quando nos apetece. E regressar aos Magnetic Fields é sempre bom, embora depois do "69 Love Songs" todos os outros álbuns que se seguiram pareçam um pouco frustrantes, se bem que nunca uma desilusão. O mestre, Stephin Merritt, tem o condão de se revelar sob outros disfarces e podemos sempre revê-lo nos projectos The 6th's, Future Bible Heroes ou Gothic Archies. Os dois primeiros eu já tive a sorte de ver e ouvir ao vivo; um no Shepard's Bush Empire há 8 anos atrás numa noite de Inverno em Londres e os segundos também em Londres, desta vez mais para o Norte num local cujo o nome me escapa agora (tenho que perguntar à Uli ou Tobi, eles devem-se lembrar). Claro também ficaram na minha memória os dois dias de "69 Love Songs" nos quais os Magnetic Fields tocaram essas mesmas 69 canções repartidas por dois dias, tocadas na mesma ordem que aparecem no triplo álbum, desta vez no espaço mais formal do Lyric Theatre Hammersmith (2001). Amanhã vamos tê-los novamente pela Aula Magna e vai ser muito bom reencontrar velhos amigos, talvez agora menos rezingões, ou talvez igualmente rezingões, porque isto do tempo não serve para curar maus feitios.

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